Lume & Ar: Há Mais: "Há mais de meia hora
Que estou sentado à secretária
Com o único intuito
De olhar para ela.
Estes versos estão fora do meu ritmo.
Eu também estou fora do meu ritmo.)
Tinteiro grande à frente.
Canetas com aparos novos à frente.
Mais para cá papel muito limpo.
Ao lado esquerdo um volume da “Enciclopédia Britânica”.
Ao lado direito -
Ah, ao lado direito
A faca de papel com que ontem
Não tive paciência para abrir completamente
O livro que me interessava e não lerei.
Quem pudesse sintonizar tudo isto!
Álvaro de Campos"
sexta-feira, 30 de julho de 2010
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Pessoas de Pessoa: POESÍA ORTÓNIMA DE FERNANDO PESSOA - POEMAS 0002, 0003 y 0004
Pessoas de Pessoa: POESÍA ORTÓNIMA DE FERNANDO PESSOA - POEMAS 0002, 0003 y 0004:
"Senhor de quem o ceu e a terra
São não sei quê que não é o ser,
[]
Como é que vês e que nós vemos?
De que côr é o azul p'ra ti?
A alma, este sonho que em nós temos,
[]
Com que invisiveis mãos manejas
Ou dentro os nossos gestos no ar"
"Senhor de quem o ceu e a terra
São não sei quê que não é o ser,
[]
Como é que vês e que nós vemos?
De que côr é o azul p'ra ti?
A alma, este sonho que em nós temos,
[]
Com que invisiveis mãos manejas
Ou dentro os nossos gestos no ar"
MENSAGEM - EDUARDO PRADO COELHO
Apesar de um pouco extenso, leiam que vale a pena.
É completamente real e triste!
Eduardo Prado Coelho, antes de falecer (25/08/2007),
teve a lucidez de nos deixar esta reflexão, sobre nós todos,
por isso façam uma leitura atenta.
Precisa-se de matéria prima para construir um País
Eduardo Prado Coelho - in Público
A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia,
bem como Cavaco, Durão e Guterres.
Agora dizemos que Sócrates não serve.
E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada.
Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão
que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.
O problema está em nós. Nós como povo.
Nós como matéria prima de um país.
Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda
sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro.
Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude
mais apreciada do que formar uma família
baseada em valores e respeito aos demais.
Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais
poderão ser vendidos como em outros países, isto é,
pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal
E SE TIRA UM SÓ JORNAL,
DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares
dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa,
como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil
para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos.
Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque
conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo,
onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país:
-Onde a falta de pontualidade é um hábito;
-Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
-Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois,
reclamam do governo por não limpar os esgotos.
-Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
-Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que
é 'muito chato ter que ler') e não há consciência nem memória
política, histórica nem económica.
-Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis
que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média
e beneficiar alguns.
Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas
podem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame.
-Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços,
ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada
finge que dorme para não lhe dar o lugar.
-Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro
e não para o peão.
-Um país onde fazemos muitas coisas erradas,
mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.
Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates,
melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem
corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.
Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português,
apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim,
o que me ajudou a pagar algumas dívidas.
Não. Não. Não. Já basta.
Como 'matéria prima' de um país, temos muitas coisas boas,
mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.
Esses defeitos, essa 'CHICO-ESPERTICE PORTUGUESA' congénita,
essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui
até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana,
mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates,
é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós,
ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte...
Fico triste.
Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje,
o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima
defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.
E não poderá fazer nada...
Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor,
mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a
erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.
Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco,
nem serve Sócrates e nem servirá o que vier.
Qual é a alternativa ?
Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei
com a força e por meio do terror ?
Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa 'outra coisa' não comece
a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados,
ou como queiram, seguiremos igualmente condenados,
igualmente estancados... igualmente abusados !
É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa
a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento
como Nação, então tudo muda...
Não esperemos acender uma vela a todos os santos,
a ver se nos mandam um messias.
Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses
nada poderá fazer.
Está muito claro... Somos nós que temos que mudar.
Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:
Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e,
francamente, somos tolerantes com o fracasso.
É a indústria da desculpa e da estupidez.
Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável,
não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir)
que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco,
de desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI
QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.
AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.
E você, o que pensa ?... MEDITE !
Apesar de um pouco extenso, leiam que vale a pena.
É completamente real e triste!
Eduardo Prado Coelho, antes de falecer (25/08/2007),
teve a lucidez de nos deixar esta reflexão, sobre nós todos,
por isso façam uma leitura atenta.
Precisa-se de matéria prima para construir um País
Eduardo Prado Coelho - in Público
A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia,
bem como Cavaco, Durão e Guterres.
Agora dizemos que Sócrates não serve.
E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada.
Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão
que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.
O problema está em nós. Nós como povo.
Nós como matéria prima de um país.
Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda
sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro.
Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude
mais apreciada do que formar uma família
baseada em valores e respeito aos demais.
Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais
poderão ser vendidos como em outros países, isto é,
pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal
E SE TIRA UM SÓ JORNAL,
DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares
dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa,
como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil
para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos.
Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque
conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo,
onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país:
-Onde a falta de pontualidade é um hábito;
-Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
-Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois,
reclamam do governo por não limpar os esgotos.
-Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
-Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que
é 'muito chato ter que ler') e não há consciência nem memória
política, histórica nem económica.
-Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis
que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média
e beneficiar alguns.
Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas
podem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame.
-Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços,
ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada
finge que dorme para não lhe dar o lugar.
-Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro
e não para o peão.
-Um país onde fazemos muitas coisas erradas,
mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.
Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates,
melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem
corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.
Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português,
apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim,
o que me ajudou a pagar algumas dívidas.
Não. Não. Não. Já basta.
Como 'matéria prima' de um país, temos muitas coisas boas,
mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.
Esses defeitos, essa 'CHICO-ESPERTICE PORTUGUESA' congénita,
essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui
até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana,
mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates,
é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós,
ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte...
Fico triste.
Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje,
o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima
defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.
E não poderá fazer nada...
Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor,
mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a
erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.
Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco,
nem serve Sócrates e nem servirá o que vier.
Qual é a alternativa ?
Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei
com a força e por meio do terror ?
Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa 'outra coisa' não comece
a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados,
ou como queiram, seguiremos igualmente condenados,
igualmente estancados... igualmente abusados !
É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa
a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento
como Nação, então tudo muda...
Não esperemos acender uma vela a todos os santos,
a ver se nos mandam um messias.
Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses
nada poderá fazer.
Está muito claro... Somos nós que temos que mudar.
Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:
Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e,
francamente, somos tolerantes com o fracasso.
É a indústria da desculpa e da estupidez.
Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável,
não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir)
que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco,
de desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI
QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.
AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.
E você, o que pensa ?... MEDITE !
EDUARDO PRADO COELHO
É completamente real e triste!
Eduardo Prado Coelho, antes de falecer (25/08/2007),
teve a lucidez de nos deixar esta reflexão, sobre nós todos,
por isso façam uma leitura atenta.
Precisa-se de matéria prima para construir um País
Eduardo Prado Coelho - in Público
A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia,
bem como Cavaco, Durão e Guterres.
Agora dizemos que Sócrates não serve.
E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada.
Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão
que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.
O problema está em nós. Nós como povo.
Nós como matéria prima de um país.
Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda
sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro.
Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude
mais apreciada do que formar uma família
baseada em valores e respeito aos demais.
Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais
poderão ser vendidos como em outros países, isto é,
pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal
E SE TIRA UM SÓ JORNAL,
DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares
dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa,
como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil
para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos.
Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque
conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo,
onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país:
-Onde a falta de pontualidade é um hábito;
-Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
-Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois,
reclamam do governo por não limpar os esgotos.
-Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
-Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que
é 'muito chato ter que ler') e não há consciência nem memória
política, histórica nem económica.
-Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis
que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média
e beneficiar alguns.
Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas
podem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame.
-Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços,
ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada
finge que dorme para não lhe dar o lugar.
-Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro
e não para o peão.
-Um país onde fazemos muitas coisas erradas,
mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.
Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates,
melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem
corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.
Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português,
apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim,
o que me ajudou a pagar algumas dívidas.
Não. Não. Não. Já basta.
Como 'matéria prima' de um país, temos muitas coisas boas,
mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.
Esses defeitos, essa 'CHICO-ESPERTICE PORTUGUESA' congénita,
essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui
até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana,
mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates,
é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós,
ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte...
Fico triste.
Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje,
o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima
defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.
E não poderá fazer nada...
Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor,
mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a
erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.
Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco,
nem serve Sócrates e nem servirá o que vier.
Qual é a alternativa ?
Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei
com a força e por meio do terror ?
Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa 'outra coisa' não comece
a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados,
ou como queiram, seguiremos igualmente condenados,
igualmente estancados... igualmente abusados !
É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa
a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento
como Nação, então tudo muda...
Não esperemos acender uma vela a todos os santos,
a ver se nos mandam um messias.
Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses
nada poderá fazer.
Está muito claro... Somos nós que temos que mudar.
Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:
Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e,
francamente, somos tolerantes com o fracasso.
É a indústria da desculpa e da estupidez.
Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável,
não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir)
que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco,
de desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI
QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.
AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.
E você, o que pensa ?... MEDITE !
Apesar de um pouco extenso, leiam que vale a pena.
É completamente real e triste!
Eduardo Prado Coelho, antes de falecer (25/08/2007),
teve a lucidez de nos deixar esta reflexão, sobre nós todos,
por isso façam uma leitura atenta.
Precisa-se de matéria prima para construir um País
Eduardo Prado Coelho - in Público
A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia,
bem como Cavaco, Durão e Guterres.
Agora dizemos que Sócrates não serve.
E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada.
Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão
que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.
O problema está em nós. Nós como povo.
Nós como matéria prima de um país.
Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda
sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro.
Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude
mais apreciada do que formar uma família
baseada em valores e respeito aos demais.
Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais
poderão ser vendidos como em outros países, isto é,
pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal
E SE TIRA UM SÓ JORNAL,
DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares
dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa,
como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil
para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos.
Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque
conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo,
onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país:
-Onde a falta de pontualidade é um hábito;
-Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
-Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois,
reclamam do governo por não limpar os esgotos.
-Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
-Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que
é 'muito chato ter que ler') e não há consciência nem memória
política, histórica nem económica.
-Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis
que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média
e beneficiar alguns.
Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas
podem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame.
-Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços,
ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada
finge que dorme para não lhe dar o lugar.
-Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro
e não para o peão.
-Um país onde fazemos muitas coisas erradas,
mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.
Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates,
melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem
corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.
Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português,
apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim,
o que me ajudou a pagar algumas dívidas.
Não. Não. Não. Já basta.
Como 'matéria prima' de um país, temos muitas coisas boas,
mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.
Esses defeitos, essa 'CHICO-ESPERTICE PORTUGUESA' congénita,
essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui
até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana,
mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates,
é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós,
ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte...
Fico triste.
Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje,
o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima
defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.
E não poderá fazer nada...
Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor,
mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a
erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.
Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco,
nem serve Sócrates e nem servirá o que vier.
Qual é a alternativa ?
Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei
com a força e por meio do terror ?
Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa 'outra coisa' não comece
a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados,
ou como queiram, seguiremos igualmente condenados,
igualmente estancados... igualmente abusados !
É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa
a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento
como Nação, então tudo muda...
Não esperemos acender uma vela a todos os santos,
a ver se nos mandam um messias.
Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses
nada poderá fazer.
Está muito claro... Somos nós que temos que mudar.
Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:
Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e,
francamente, somos tolerantes com o fracasso.
É a indústria da desculpa e da estupidez.
Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável,
não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir)
que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco,
de desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI
QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.
AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.
E você, o que pensa ?... MEDITE !
EDUARDO PRADO COELHO
sexta-feira, 23 de julho de 2010
quinta-feira, 22 de julho de 2010
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Condeixa serve poesia e prosa à hora do jantar
Como nós sabemos, a Câmara de Condeixa, tem vindo a desenvolver junto com a Escola EB 2,3 Fernando Namora várias iniciativas inéditas e peculiares para a formação e desenvolvimento dos seus habitantes.
Desta vez, é um Jantar Poético, que se irá realizar na mesma escola, no dia 16 de Julho, pelas 21:00H. A todos que queiram e possam assistir, será um prazer para todos, eu incluida, que irei declamar um poema de Fernando Pessoa.
Levava eu um jarrinho
P’ra ir buscar vinho;
Levava um tostão
P’ra comprar pão;
E levava uma fita
Para ir bonita.
Correu atrás
De mim um rapaz:
Foi o jarro p’ra o chão,
Perdi o tostão,
Rasgou-se-me a fita…
Vejam que desdita!
Se eu não levasse um jarrinho,
Nem fosse buscar vinho,
Nem trouxesse uma fita
Para ir bonita,
Nem corresse atrás
De mim um rapaz
Para ver o que eu fazia,
Nada disto acontecia.
Fernando Pessoa, Quadras ao Gosto Popular
Quanto à divulgação, foi publicada a seguinte notícia que transcrevo:
"São sabores diferentes, servidos à hora de jantar. Mas não se come. Os alimentos são outros e dirigem-se ao espírito. Em causa está um “Jantar poético”, a realizar amanhã à noite, no restaurante “De ler e chorar por mais”, na Escola Secundária Fernando Namora, em Condeixa.
O encontro está marcado para as 21h00 e, ontem ao final da manhã, eram cerca de 90 os inscritos, o que garante, praticamente, lotação esgotada para o evento. «Só espero que as pessoas gostem», afirma Isabel Neves, formadora do Centro Novas Oportunidades, que funciona naquele estabelecimento de ensino, e responsável pela ideia. Ideia que, explica, nasceu de uma constatação quase óbvia. Ou seja, «as pessoas alimentam-se e toda a gente, com raríssimas excepções, gosta de comer». Mais, «as pessoas juntam-se para comer e quando comem falam sobre comida», ou seja, «apreciam o comer e a comida». Ao contrário, «não gostam de ler». A “leitura” de Isabel Neves levou-a a pensar e a agilizar soluções para contornar o “problema”, colocando a tónica no «alimento para o espírito», ou seja, na leitura. E daí a ideia de um “jantar poético”, onde os alimentos a servir constituem uma verdadeira incursão de descoberta pela literatura.
Isabel Neves, que conta com a ajuda de Justina Almeida e de outros professores e funcionários da escola, bem como de alguns adultos que já cumpriram o seu processo de avaliação e validação de competências, escolheu um conjunto de textos e de poemas. Uns, explica, têm directamente a ver com a comida em si, outros sugerem-na. Lembra, a propósito o célebre poema de Camões, “Leonor pela verdura, vai formosa e não segura…” que constitui uma evocação clara da água. Mas outros há, centrados no vinho, generoso ou nem tanto. A formadora refere ainda, a título de curiosidade, um retalho de “A Cidade e as Serras”, de Eça de Queirós, que retrata a generosa confecção de um delicioso arroz doce, preparado para festejar os anos do Jacinto com a preocupação de fazer uma coisa bonita e que, no final, ninguém acabou por comer.
Mas há mais, muito mais. As especialidades da casa são inúmeras e reúnem palavras de génios como Álvaro de Campos, Camões, Eugénio de Andrade, Fernando Pessoa ou Plabo Neruda. O cardápio inclui ainda Almeida Garrett, Andra Valladares, Cesário Verde, Eça de Queirós, Gilberto Mendonça Teles, Mário Quintana, padre António Vieira, Paulo Alexandre ou Teófilo Braga. Destaque ainda para a presença de dois nomes da música: Paulo Gonzo e Carlos Paião.
Forma diferente
de “servir” as palavras
«As pessoas vão ficar sentadas à mesa, confortáveis, e vão ouvir as palavras», seja sob a forma de leitura ou no quadro de uma amena conversação. Mas também há música, refere a responsável pela organização, sublinhando que esta conjugação harmónica entre os sons e as palavras foi a solução encontrada perante a impossibilidade de ter o elemento canto. Isto porque, explica, dois alunos estavam para cantar, mas face aos exames não foi possível. A solução passou por “encontrar” um coro, que canta o refrão das diferentes melodias, enquanto os restantes versos são simplesmente lidos. Ensaios já houve, a cargo do professor de música da escola, que orientou o grupo de funcionários e professores que integram este improvisado coro. Carlos Paião está entre um dos compositores escolhidos para esta actuação, que inclui, também a tradicional “Barca bela”, entre outro “receituário” poético-literário.
«É um jantar de palavras», resume Isabel Neves, que seleccionou um conjunto de trechos literários e poemas (populares ou mais eruditos) que “trabalham” a ideia de «comida e de comer». E a formadora reconhece que, mais do que fome de palavras ou de leitura, as pessoas têm fome de comida. «Toda a gente pergunta: e não se come nada?». A resposta linear é “não”, uma vez que se trata de alimentar o espírito e não de dar comida ao corpo, mas Isabel Neves sempre vai adiantando que estará «alguma cosia reservada para o final», que seja efectivamente possível “trincar”.
Isabel Neves acredita que, para além do alimento enriquecedor das palavras e das ideias, «as pessoas vão ficar surpreendidas», não tanto por não conhecerem os excertos que vão ser apresentados, mas, sobretudo, pelo envolvimento e integração que oferecem. «São trechos que as pessoas podem conhecer, mas de certeza não conhecem assim», sugere.
O evento tem início marcado para as 21h00 e a duração prevista é de uma hora. Todavia, «tudo depende da quantidade de palmas que quiserem bater», diz Isabel Neves, que pretende, como este evento, promover a leitura. “A poesia é para comer”, já dizia Natália Correia, e à poesia, junta-se, também, no jantar poético que amanhã vai ser servido, a prosa e as próprias canções." DIÁRIO DE COIMBRA do dia 15 de Julho de 2010.
Desta vez, é um Jantar Poético, que se irá realizar na mesma escola, no dia 16 de Julho, pelas 21:00H. A todos que queiram e possam assistir, será um prazer para todos, eu incluida, que irei declamar um poema de Fernando Pessoa.
Levava eu um jarrinho
P’ra ir buscar vinho;
Levava um tostão
P’ra comprar pão;
E levava uma fita
Para ir bonita.
Correu atrás
De mim um rapaz:
Foi o jarro p’ra o chão,
Perdi o tostão,
Rasgou-se-me a fita…
Vejam que desdita!
Se eu não levasse um jarrinho,
Nem fosse buscar vinho,
Nem trouxesse uma fita
Para ir bonita,
Nem corresse atrás
De mim um rapaz
Para ver o que eu fazia,
Nada disto acontecia.
Fernando Pessoa, Quadras ao Gosto Popular
Quanto à divulgação, foi publicada a seguinte notícia que transcrevo:
"São sabores diferentes, servidos à hora de jantar. Mas não se come. Os alimentos são outros e dirigem-se ao espírito. Em causa está um “Jantar poético”, a realizar amanhã à noite, no restaurante “De ler e chorar por mais”, na Escola Secundária Fernando Namora, em Condeixa.
O encontro está marcado para as 21h00 e, ontem ao final da manhã, eram cerca de 90 os inscritos, o que garante, praticamente, lotação esgotada para o evento. «Só espero que as pessoas gostem», afirma Isabel Neves, formadora do Centro Novas Oportunidades, que funciona naquele estabelecimento de ensino, e responsável pela ideia. Ideia que, explica, nasceu de uma constatação quase óbvia. Ou seja, «as pessoas alimentam-se e toda a gente, com raríssimas excepções, gosta de comer». Mais, «as pessoas juntam-se para comer e quando comem falam sobre comida», ou seja, «apreciam o comer e a comida». Ao contrário, «não gostam de ler». A “leitura” de Isabel Neves levou-a a pensar e a agilizar soluções para contornar o “problema”, colocando a tónica no «alimento para o espírito», ou seja, na leitura. E daí a ideia de um “jantar poético”, onde os alimentos a servir constituem uma verdadeira incursão de descoberta pela literatura.
Isabel Neves, que conta com a ajuda de Justina Almeida e de outros professores e funcionários da escola, bem como de alguns adultos que já cumpriram o seu processo de avaliação e validação de competências, escolheu um conjunto de textos e de poemas. Uns, explica, têm directamente a ver com a comida em si, outros sugerem-na. Lembra, a propósito o célebre poema de Camões, “Leonor pela verdura, vai formosa e não segura…” que constitui uma evocação clara da água. Mas outros há, centrados no vinho, generoso ou nem tanto. A formadora refere ainda, a título de curiosidade, um retalho de “A Cidade e as Serras”, de Eça de Queirós, que retrata a generosa confecção de um delicioso arroz doce, preparado para festejar os anos do Jacinto com a preocupação de fazer uma coisa bonita e que, no final, ninguém acabou por comer.
Mas há mais, muito mais. As especialidades da casa são inúmeras e reúnem palavras de génios como Álvaro de Campos, Camões, Eugénio de Andrade, Fernando Pessoa ou Plabo Neruda. O cardápio inclui ainda Almeida Garrett, Andra Valladares, Cesário Verde, Eça de Queirós, Gilberto Mendonça Teles, Mário Quintana, padre António Vieira, Paulo Alexandre ou Teófilo Braga. Destaque ainda para a presença de dois nomes da música: Paulo Gonzo e Carlos Paião.
Forma diferente
de “servir” as palavras
«As pessoas vão ficar sentadas à mesa, confortáveis, e vão ouvir as palavras», seja sob a forma de leitura ou no quadro de uma amena conversação. Mas também há música, refere a responsável pela organização, sublinhando que esta conjugação harmónica entre os sons e as palavras foi a solução encontrada perante a impossibilidade de ter o elemento canto. Isto porque, explica, dois alunos estavam para cantar, mas face aos exames não foi possível. A solução passou por “encontrar” um coro, que canta o refrão das diferentes melodias, enquanto os restantes versos são simplesmente lidos. Ensaios já houve, a cargo do professor de música da escola, que orientou o grupo de funcionários e professores que integram este improvisado coro. Carlos Paião está entre um dos compositores escolhidos para esta actuação, que inclui, também a tradicional “Barca bela”, entre outro “receituário” poético-literário.
«É um jantar de palavras», resume Isabel Neves, que seleccionou um conjunto de trechos literários e poemas (populares ou mais eruditos) que “trabalham” a ideia de «comida e de comer». E a formadora reconhece que, mais do que fome de palavras ou de leitura, as pessoas têm fome de comida. «Toda a gente pergunta: e não se come nada?». A resposta linear é “não”, uma vez que se trata de alimentar o espírito e não de dar comida ao corpo, mas Isabel Neves sempre vai adiantando que estará «alguma cosia reservada para o final», que seja efectivamente possível “trincar”.
Isabel Neves acredita que, para além do alimento enriquecedor das palavras e das ideias, «as pessoas vão ficar surpreendidas», não tanto por não conhecerem os excertos que vão ser apresentados, mas, sobretudo, pelo envolvimento e integração que oferecem. «São trechos que as pessoas podem conhecer, mas de certeza não conhecem assim», sugere.
O evento tem início marcado para as 21h00 e a duração prevista é de uma hora. Todavia, «tudo depende da quantidade de palmas que quiserem bater», diz Isabel Neves, que pretende, como este evento, promover a leitura. “A poesia é para comer”, já dizia Natália Correia, e à poesia, junta-se, também, no jantar poético que amanhã vai ser servido, a prosa e as próprias canções." DIÁRIO DE COIMBRA do dia 15 de Julho de 2010.
Grandes Frases!!
* A minha mulher tem um bom físico. (Albert Einstein)
* Nunca pude estudar Direito. (O Corcunda de Notre Dame)
* Sempre quis ser o primeiro. (João Paulo II)
* Gosto da humanidade. (Canibal)
* És a única mulher da minha vida. (Adão)
* Nunca pude estudar Direito. (O Corcunda de Notre Dame)
* Sempre quis ser o primeiro. (João Paulo II)
* Gosto da humanidade. (Canibal)
* És a única mulher da minha vida. (Adão)
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Citação
«Na verdade, o cuidado e a despesa dos nossos pais visam apenas enriquecer as nossas cabeças com ciência; quanto ao juízo e à virtude, as novidades são poucas» Montaigne
segunda-feira, 5 de julho de 2010
As Minhas Ansiedade - Fernando Pessoa.
As minhas ansiedades caem
Por uma escada abaixo.
Os meus desejos balouçam-se
Em meio de um jardim vertical.
Na Múmia a posição é absolutamente exata.
Música longínqua,
Música excessivamente longínqua,
Para que a Vida passe
E colher esqueça aos gestos.
Por uma escada abaixo.
Os meus desejos balouçam-se
Em meio de um jardim vertical.
Na Múmia a posição é absolutamente exata.
Música longínqua,
Música excessivamente longínqua,
Para que a Vida passe
E colher esqueça aos gestos.
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